O conjunto calça-paletó-camisa, formal ou informal, conhecido como o Terno Masculino, constitui o que conhecemos como alfaiataria, que é composto por uma gama grande de variedades de paletós, calças, camisas, coletes, casacos e gravatas.
Este composto de traje tem sido considerado pelos usuários de moda masculina como enfadonho e repetitivo, porém, o que se questiona de fato é que, num mundo onde a efemeridade dá o tom na cultura das aparências, porque o terno continua sendo o traje civil clássico em todo o planeta?
Pergunta-se como a alfaiataria se relaciona com a moda e quais os valores que ela sinaliza que a torna tão eficaz, mesmo diante da sensualidade tão fragmentada e dinâmica dos usuários pós-modernos.
Anne Hollander em sua obra O Sexo e as Roupas lembra que a moda é um fenômeno social e que as mudanças no vestuário são mudanças sociais também. Para ela, o poder da permanência da alfaiataria mostra a autoridade, a força simbólica e emocional dos valores de perpetuação. O terno tem um caráter abstrato e apresenta uma mensagem de continuidade formal que é profundamente satisfatório no mundo contemporâneo, por isso o seu não desaparecimento e a mudança do seu campo de atuação também para traje feminino e para o traje casual, o que trouxe mudança para seu significado social e sexual.