Coleção inverno Thursday Island

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Matéria site www.guiadasemana.com.br , por Marcus Oliveira.

Os sapatos ditam a moda e quando se trata de uma marca italiana, o assunto fica ainda mais refinado. Brilhantes, foscos, de camurça ou couro, além do material, seus nomes são sinônimos de luxo e elegância. Prontos para aguentar qualquer pisada, estão ali, abaixo de todos, porém não passam despercebidos aos olhos de quem entende do assunto. Tendência nas passarelas mundo afora, marcas como Versace, Prada, Gucci, Dolce e Gabbana, entre outras, estampam vitrines de lojas de requinte e fazem a cabeça de muitos clientes atentos à moda e preocupados com o visual. Conheça mais sobre essas grifes e alguns modelos em alta no mercado.

Gosto refinado

Diferentes de anos atrás, não somente as mulheres são aficionadas em sapatos. O público masculino é hoje uma grande parcela dos consumidores de pisantes em lojas de grifes. “Os sapatos italianos são puro estilo e os melhores do mundo. As marcas demonstram este fato. As novas tendências nascem na Itália e depois se espalham pelo mundo”, afirma o Personal Stylit e consultor de imagem Alexandre Taleb.

Para não errar na escolha do vestuário, a combinar com o acessório, o usuário deve seguir uma linha básica. “No social – com terno ou camisa e calça social – o sapato e o cinto devem ser da mesma cor. Já a meia deve seguir necessariamente a cor do sapato”, alerta Alexandre.  

Entrevista do site: http://www.guiadasemana.com.br/Sao_Paulo/Estilo/Noticia/A_cara_do_luxo.aspx?ID=57594

Por Marcus Oliveira.

Conversamos com o empresário Carlos Ferreirinha sobre o mercado high society, crise mundial e dicas para você consumir sem medo.

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Comprar, sem dúvida, é um dos hobbys preferidos dos brasileiros. Entre tantas variedades de produtos oferecidos pelo mercado, é comum que o consumidor se atente à marca que ele está adquirindo e, em muitos casos, faz questão de pagar mais caro por isso. Em busca de exclusividade e para ostentar uma assinatura famosa, diversos clientes são motivados totalmente pelo prazer de comprar e em alguns casos, nem se quer avaliam se o produto adquirido será útil para o seu dia a dia.

À frente da marca Louis Vuitton na América Latina por sete anos, o empresário Carlos Ferreirinha é consultor em negócios de luxo e atende marcas renomadas com Abit, Baccarat, Vodka Absolut, entre outras. O administrador é responsável pelo lançamento de um dos poucos MBA de luxo no mundo e guarda em seu currículo projetos como a 1ª Conferência Internacional do Negócio do Luxo, a pesquisa quantitativa do segmento no Brasil e a criação da Abrael – Associação Brasileira das Empresas de Luxo.

Hoje é diretor e presidente da MCF Consultoria & Conhecimento. Nesta entrevista ele nos revelou o que é preciso para uma marca alcançar o sucesso, o impacto da crise na indústria do luxo e, de quebra, deu dicas de como não ser enganado na hora de consumir.

Guia da Semana: O que uma marca precisa ter para fazer parte do grupo das grifes de luxo?
Carlos Ferreirinha: Não existe nenhuma formatação no mundo que defina isso. O que acontece é uma percepção ao longo do caminho que a marca percorre. Claro, estamos falando de marcas que alcançam um patamar de profunda excepcionalidade, sem nenhum tipo de concessão e uma construção de produto e serviço pautada em cima da precisão, seja da matéria prima e mão de obra utilizada. É preciso persistência, investimento contínuo, visão de longo prazo, obsessão por detalhes, comprometimento com a excelência. É importante trabalhar os símbolos como exclusividade, novidade, único. O público que consome o mercado de luxo gosta muito de se sentir assim, ter o único e saber que tem. Para ter sucesso é preciso alcançar patamares de extrema excelência e gerar no indivíduo uma tomada de decisão emocional. Elas despertam vontades. São impregnadas de tradição, originalidade, história, e isso são aspectos relevantes na hora da compra.

Guia da Semana: Quais são hoje os itens mais procurados pelo público de luxo?
Carlos: Segmentos que de uma forma geral, são muito parecidos em todas as partes do mundo. Carros, perfumaria, cosméticos, hotelaria, moda, joalheria, a gastronomia que vem ganhando uma repercussão absurda. Tudo voltado à exclusividade.

Guia da Semana: O que faz com que o consumidor classe A gaste milhões em produtos considerados por parte da população itens supérfluos?
Carlos: Vontades, desejos. Na verdade são muitas vezes produtos supérfluos mesmo, de consumo desnecessário, mas mesmo assim são aventuras totalmente pautadas em cima do prazer de comprar. Algumas pessoas compram em cima do prazer, outras porque conhecem ou sempre estiveram expostas a esses produtos e isso faz parte do hábito de consumo, outras para manifestações de poder em seu entorno social. Cada um tem um motivo e razão que o leve a consumir. Mas sem sombra de dúvida tudo é muito voltado à manifestação da vontade e desejo.

Guia da Semana: A crise financeira mundial caiu direto no setor do luxo?
Carlos: Acabamos de enfrentar uma grande movimentação devido à crise financeira. Ela pautou o consumo absoluto. Afetou exatamente o consumidor que está propenso a fazer aventuras de consumo mais precisas. Nesse sentido, a crise pegou mesmo.

Guia da Semana: E como você analisa o momento atual da economia de luxo no mundo?
Carlos: É um momento de cuidado e atenção. Nos últimos 25 anos, há uma crise pela primeira vez nesse segmento. Ele teve uma interrupção significativa e como se trata de um consumo emocional, sofre com a desaceleração, porém tem uma recuperação mais rápida do que os demais segmentos. O momento é de análise de custos e mudanças de estratégia. Teremos um ano onde grandes economias mundiais sofrerão uma baixa no segmento do luxo, e o Brasil com certeza terá um dos crescimentos mais interessantes.

Guia da Semana: Então, acha que o país tem armas suficientes para fazer parte dos grandes ícones de consumo no mundo?
Carlos: O país tem demonstrado uma capacidade de se manter nessa direção de forma bem interessante. O Brasil não é prioridade, mas nós estamos demonstrando uma capacidade de nos mantermos dentro desse consumo de luxo de forma importante. Acredito que possamos manter um ritmo mais acentuado e nos tornarmos um dos dez principais consumidores do mercado do luxo.

Guia da Semana: E o que falta para o Brasil se tornar essa grande potência?
Carlos: Alguns componentes são bem complicados. O custo aqui é muito alto e isso inviabiliza muito esse tipo de investimento. Aqui é muito caro se trabalhar. Na atividade do luxo, que já tem um custo alto, complica mais ainda. Os impostos aqui são muito altos e quando olhamos um produto internacional, vemos que ele ainda tem uma burocracia de liberação, alfândega. Depois há muita concentração em São Paulo e Rio de Janeiro. É preciso diversificar mais o mercado para garantir crescimento. O empresário brasileiro tem uma cultura empreendedora de muito curto prazo, muito imediatista e na atividade do luxo é totalmente o contrário. É preciso paciência e persistência para fincar esse mercado por aqui.

Guia da Semana: O modo como o público brasileiro se relaciona com as marcas de luxo é diferente do restante do mundo?
Carlos: Considerando em culturas como América Latina, o país está muito alinhado. O brasileiro é muito atualizado e isso chama muita atenção no mundo. Nós queremos sempre o novo. Costumo dizer que somos muito “novidadeiros”, queremos saber o que está rolando de novo no mercado e a característica por aqui é o impulso. Isso faz com que os brasileiros tenham umas das maiores taxas de endividamento. O brasileiro vai gastando sem se programar e isso no ramo do luxo é favorável.

Guia da Semana: Qual é a dica para quem quer adquirir um produto de luxo e está em dúvida?
Carlos: Para quem quer construir uma marca de luxo eu sugiro que esteja preparado para o tempo. O luxo envolve um comprometimento empresarial de longo prazo, de afinidade com o consumidor. A visão imediatista compromete fortemente a possibilidade de estabilidade. Já para quem vai consumir, minha dica é de se interar da origem e associações do produto a ser consumido. Garanta que o preço e o que está sendo dito sobre o produto é certo, a matéria prima é de boa origem, ou ele estará valendo apenas um preço de marketing.

Guia da Semana: O que é luxo para você?
Carlos: É o que eu trabalho há 15 anos da minha vida. É lidar com marcas e empresas que transformam produtos e serviços em desejos, o ordinário em extraordinário e o simples em especial.