Os relógios Panerai surgiram inicialmente nos anos 1920 criados para a Marinha Real Italiana. E até meados dos anos 1990, modelos como o Radiomir e o Luminor eram absolutamente restritos a pulsos de alta patente: o público civil não tinha acesso a eles. Foi só com a entrada do atual CEO, Angelo Bonatti, em 1997, que a Panerai ganhou visibilidade mundial. Produzidos na Suíça, em Neuchâtel, eles são desenhados por não mais do que dez designers no escritório da empresa em Milão, Itália. Manter o Made in Italy é fundamental na filosofia de sucesso da marca. No Brasil, a grife está instalada em boutique própria desde 2012 – êxito indiscutível com o público brasileiro.
O novo mercado de luxo oferece autenticidade ao invés do glamour, que ficou desgastado décadas atrás. Assim, a elegância é o conforto e a exclusividade, conceitos que movem os seguidores Panerai.
Yamit Ashkenazi, diretora de marketing da marca italiana para a América Latina e Caribe, revela o interesse em expansão na região e sua esperta política de preços para o mercado brasileiro nesta entrevista exclusiva, que você confere a seguir.
Que avaliação você faz do mercado brasileiro?
É um mercado importante, tanto que uma de nossas 65 lojas no mundo está em São Paulo. A marca foi muito bem recebida, muito pela sinergia da cultura brasileira com a italiana. Esta boutique daqui é a nº 1 em vendas em comparação com outras do grupo Richemont no País. E temos planos de expandir nos próximos anos para o Rio de Janeiro.
Qual a estratégia usada para este resultado?
A política que a Panerai adotou para operar no Brasil foi abrir mão do mark up dela e subsidiar este custo para poder deixar o cliente livre para fazer a compra onde ele se sinta mais confortável. Temos muito clientes que compravam nossos relógios em Miami e Paris e que, agora, compra em São Paulo. Porque, com esta política, conseguimos operar com preços – dependendo do modelo – entre +5% e -5% do que o preço internacional. E questões como IOF e tarifas alfandegárias acabam deixando o preço no Brasil ainda mais atraente.
Que análise você faz do seu cliente no País?
O brasileiro preza muito pelo relacionamento, diferente de europeus e asiáticos que compram pela tecnicidade. A compra aqui é mais pelo elo emocional que ele desenvolve pelo item, além do custo-benefício. E temos um approach aqui é contar a história da marca. O cliente brasileiro tem de sentir um apelo emocional.
E sobre o mercado latino, qual a perspectiva?
O México segue sendo um objetivo próximo, graças ao bom rendimento do nossos dealers locais. Chile e Peru, pela estabilidade econômica, também nos interessa. É importante estar atento à região porque é um dos poucos lugares do mundo onde o mercado de luxo ainda está crescendo.
Qual o segredo deste sucesso tão longevo dos relógios Panerai?
Quando Angelo Bonatti (atual CEO) assumiu a marca, em 1997, ele optou por manter o DNA dos relógios militares, com caixas de 44mm e de design clean e simples. Dizia que a Panerai não era um produto de marketing. Esta decisão mostrou o caminho: preservar a integridade de nossa história. Muitos clientes de marcas concorrentes compram um relógio porque querem pertencer a um grupo. Quem compra um Panerai é o oposto: ele quer ser diferente dos amigos, do grupo. Ele compra a história, não o status.
Penerai – São Paulo
Shopping JK Iguatemi (piso térreo)
Av. Juscelino Kubitscheck, 2.041 – Itaim Bibi, São Paulo
(11) 3152 6620
* Entrevista realizada por Fabiano Mazzei para o portal B|Luxo
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