Nos dias atuais, observamos referências constantes, das décadas passadas, de ícones da moda, música, cinema e artes em geral. Isto acontece devido ao ciclo do mercado em ditar tendências e, no caso, atitudes, que se popularizam, esgotam e são substituídas, até o ciclo ser fechado e voltarmos a consumir os mesmos conceitos.
Nos anos 50, o universo masculino baseou seus padrões estéticos a partir dos astros do cenário musical e do cinema. Mais do que simplesmente estética, constituiu-se um padrão de masculinidade, envolvendo o gestual, o caráter e a personalidade.
Temos, em um lado, nomes que marcaram a fantasia do “Homem Ideal”, como Clark Gable – “(…) galã eterno, antirromântico, forte, elegante” – Burt Lancaster – “homem sincero e leal” – e Glenn Ford – “caladão e modesto”. Estes homens personificaram o caráter circunspecto, respeitável e contundente, acompanhado pela sensibilidade, fidelidade e espírito protetor. Assim, tínhamos a perfeição masculina ao imaginário das mulheres daquela época, que (pasmem!) se prescreve, com algumas pequenas mudanças, até hoje.
1946 – Gilda (filme) – Rita Hayworth e Glenn Ford
Glenn Ford | 1960 – The Unforgiven (filme) – Burt Lancaster e Audrey Hepburn
1961 – The Misfits (filme) – Clark Gable e Marilyn Monroe
Clark Gable | 1953 – Never Let Me Go (filme) – Clark Gable and Gene Tierney
1946 – The Killers (filme) – Burt Lancaster e Ava Gardner | 1953 – The Big Heart (filme) – Glenn Ford e Gloria Grahame
Gregory Peck | 1953 – From Here to Eternity (filme) – Burt Lancaster e Deborah Kerr
Por outro lado, havia os anti-heróis. Eles causavam curiosidade, desejo e furor. Tinham uma aparência urbana, com atitude enérgica e provocante. James Dean – “era estranho, caladão e sensível; tinha gostos esquisitos, andava sempre vestido de maneira esportiva (blue jeans, camisa de flanela e jaqueta de couro) (…) e recusava-se a entrar para a roda dos habitantes de Bevely Hills” – Marlon Brando – “o moço que vale cem milhões de dólares” – e Elvis Presley – “inclinava-se ao temperamento de Marlon Brando e James Dean, cujos talentos muito admiravam e que eram fontes de imitação da rapaziada americana” – são exemplos desta irreverência comportamental que atingiu o público em meados da década de 50. Estes jovens tinham swing e um certo rock n’ roll fluindo em seus corpos, que enaltecia a masculinidade de uma forma rebelde e autêntica para a época.
Sabemos que as mulheres eram conquistadas por estes comportamentos masculinos distintos, também, de formas diferentes. “A presença de um homem sugere o que ele é capaz de fazer para você ou por você [a mulher]”, segundo John Berger (BERGER, 1999, pág. 47 et seq.). Assim, com o passar do tempo, refletimos que os conceitos não se distinguiram muito, levando a crer que o ideal comportamental masculino é a segurança, a confiança e a alta estima em si mesmo.
* Dados e citações extraídos das publicações da revista “O Cruzeiro”, entre os anos de 1953 e 1961.
* Texto autoral, por Marina Khouri, baseado na obra “ Elegância, beleza e poder”, por Mara Rúbia Sant’Anna.
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