Um costume de cor clara, só fica bem no verão e em dias ensolarados!

Jamais use após as 18h!

por Redação Cesar Giobbi

Especialista em medicina estética ensina que ele não precisa ser banido da dieta – pode até fazer parte dela

Dr. Fábio Alex, especialista em medicina estética e um dos sócios da Clínica Visia (Rua Bento de Andrade, 292, tel. 3078-6532), na capital paulista, fala sobre o chocolate que emagrece e que tira a fome, e dá dicas de como consumi-lo em nosso dia a dia, de maneira saudável.

Segundo ele, uma pesquisa da Universidade de Chung Hsing, em Taiwan, coordenada pelo Departamento de Ciência do Alimento e Biotecnologia da instituição, divulgou que são os ácidos fenólicos presentes no cacau os responsáveis pela ação emagrecedora. Eles interferem na produção da leptina, o hormônio da saciedade – que, nos obesos, é bem reduzida -, e ainda queimam calorias. Sem contar a ajuda extra dos antioxidantes, que previnem o acúmulo de gordura nas células.

Os fitoquímicos do cacau melhoram a secreção da adiponectina, o que aumenta a ação anti–inflamatória, reduzindo os riscos de diabete e aterosclerose (alterações nos vasos sanguíneos que levam à obstrução dos mesmos).

Outro dado apontado na pesquisa, publicada no Journal of Agriculture and Food Chemistry, uma das revistas americanas de maior prestígio no mundo da nutrição, atribui ao cacau o poder inibir um mecanismo que faz o organismo estocar ou produzir mais gordura. Toda essa riqueza está no chocolate amargo — quanto mais, melhor. O amargor, bem entendido, e não a quantidade do chocolate consumido.

Saciedade
Pesquisa coordenada pelo médico dinamarquês Arne Vernon Astrup, chefe do Departamento de Nutrição Humana da Universidade Real de Copenhague, na Dinamarca, e publicada na conceituada revista americana International Journal of Obesity, apontou que os pacientes que consumiram um tablete amargo pela manhã, ainda em jejum, ficaram mais saciados que o restante da turma: eles ingeriram 15% menos calorias ao longo do dia em comparação com o grupo que optou pelo chocolate ao leite.

Menor vontade de doce
A 2-feniletilamina e a N-aciletanolamina, presentes no cacau, agem no cérebro fechando os receptores para à vontade de doce.

Prazer prolongado
O chocolate também concentra compostos que inibem a degradação da anandamida, substância que prolonga a sensação de bem-estar.

Ação sobre a Insulina
Outra vantagem do chocolate amargo seria a capacidade de melhorar a sensibilidade à insulina em pessoas saudáveis, afirma Anete Hanud Abdo, endocrinologista do Projeto de Atendimento ao Obeso (PRATO) do Instituto de Psiquiatra do Hospital das Clínicas de São Paulo. Este mecanismo ajuda não só a combater o diabete como a evitar a produção excessiva de insulina, que está intimamente ligada ao estoque de gordura.

Humor em alta
O chocolate também é rico em carboidratos, que ajudam na produção da serotonina, neurotransmissor responsável pela sensação de prazer. Além disso, concentra outras substâncias, como triptofano, teobromina, feniletilamina, tetrahidrocarbolines, fenilalanina e tirosina – estes reforçam a sensação de bem-estar.

Outras vantagens:
* Ajuda a reduzir a pressão por ter ação vasodilatadora.
* Impede a oxidação da gordura ruim (LDL), evitando que placas se acumulem nos vasos.
* Aumenta a imunidade, estimulando a produção de linfócitos, um tipo de glóbulo branco que defende o organismo contra vírus e bactérias.
* Pode auxiliar na proteção dos neurônios contra doenças degenerativas, como o mal de Parkinson e o de Alzheimer.
* Reduz alguns sintomas da TPM, como depressão, e contribui para suprir eventuais carências de minerais, como magnésio, comuns nesse período do mês e também durante fases de estresse agudo.

Sim, chocolate é maravilhoso, mas não vale ingerir qualquer um, nem a quantidade que quiser. Vale à pena não se esquecer de que:
* Quanto maior a concentração de cacau, melhor é o produto – uma vez que é nele que estão os fitoquímicos que fazem bem à saúde. Portanto as versões amargas são as mais recomendáveis.

* O seu limite é de 30 gramas por dia, que equivale a uma barra pequena. Não pense em exagerar porque, mesmo sendo saudável, ele contém bastante caloria (100 gramas equivalem, em média, a 530 calorias!).

Aqui no Brasil e em outros lugares do mundo, já está sendo usado chocolate como coadjuvante aos tratamentos para emagrecer e junto com as já sabidas ações do cacau, adicionam outras substâncias (liberadas para o uso na prática médica) para potencializar os efeitos já citados.

Uma destas substâncias é a alga espirulina, que envia mensagem ao cérebro diretamente do aparelho digestivo dizendo que o corpo está saciado, reduzindo assim a fome e promovendo o emagrecimento.

Este chocolate deve ser prescrito pelo seu médico ou nutricionista para formulação e deve conter, o cacau, polissacarídeos mussilaginosos da babosa, L-glutamina (aminoácido), glucomannan (fibra que provém de uma planta africana, que em contato com líquidos no estômago se transforma em um gel, dando sensação de saciedade por até 4h), alga spirulina orgânica e outros. Esses ingredientes são capazes ainda de ativar a produção de fenilalanina — aminoácido presente no cérebro que ativa neutrotransmissores para promoverem a saciedade.

Podemos ainda adicionar nesta formulação o colágeno, que ajudará ainda no processo de combate ao envelhecimento e flacidez.

Como ele reduz a fome, o consumo diário de calorias diminui em até 50%. Menos calorias, menos peso. Todos os ingredientes estão em concentrações razoáveis, e não provocam alterações no sabor final.

A melhor maneira de se usar este chocolate é cerca de 1 hora antes das refeições principais (café da manhã, almoço e jantar). Cada barra de 25g desse chocolate reúne 120 calorias. É feito de cacau orgânico, sem adição de açúcar ou gordura trans.

Este produto deverá ser prescrito e enviado para a farmácia de manipulação, é individual, ou seja, cada um necessita de quantidades específicas destas substâncias.

Sem dúvida, esta é uma nova arma no combate à obesidade, porém, não devemos nos esquecer de que o processo de emagrecimento depende de uma série de medidas a serem adotadas, como orientação nutricional, atividades físicas, e que este nutracêutico nada mais é um coadjuvante neste processo.