De Paris, o gemólogo Rafael Lupo Medina conta a história da tiara ‘Cartier’ usada por Kate Middleton, no casamento do século.

Londres, 29 de abril de 2011

Às 11h51, Catherine Middleton deixa o hotel onde estava hospedada e se dirige à Abadia de Westminster para encontrar seu príncipe encantado…

Neste momento – finalmente !- o mundo inteiro descobre seu vestido de noiva e suas joias.

Apostas foram feitas sobre qual tiara Kate usaria para segurar o véu. Entre as favoritas, estavam a ‘Strathmore’ (uma guirlanda de flores) e a ‘russa’ (com motivos de agulhas), ambas em platina e diamantes. A rainha Elizabeth II e sua filha, a princesa Anne, usaram o modelo russo quando se casaram.

Mas ninguém acertou…Kate escolheu uma que pertenceu a Rainha Mãe, bisavó do príncipe William.

Em 1936, o duque de York, comprou chez Cartier, um dos joalheiros favoritos da corte, uma com motivos de folhas de acânto em platina e diamantes.

Algumas semanas depois, a duquesa de York  apareceu numa recepção com sua nova joia (foto).

Depois que seu irmão, em 1937, abdicou do trono o duque de York é coroado rei George VI . E a duquesa de York se torna a rainha (futura Rainha Mãe).

Em 1944, a Rainha Mãe ofereceu esta tiara a sua filha mais velha, princesa Elizabeth (a atual rainha) como presente de 18 anos. Ela jamais usou-a em público, ja que o periodo pós-guerra não oferecia a ocasião ideal para este tipo de peça.

Quando se casou, em 1947, princesa Elizabeth ganhou mais 3 tiaras, e acabou emprestando esta a sua irmã, a princesa Margareth.

No dia  2 de junho de 1953, Elizabeth foi coroada rainha na Abadia de Westminster.

No incio dos anos 1970, a rainha Elizabeth II herdou da sua avó – rainha Mary – uma colossal coleção de joias. E como queria aproveitar  as novas peças herdadas, deixou sua filha, a princesa Anne, usar a tiara ‘Cartier da Rainha Mãe’  em algumas ocasiões. Desde então, nunca mais foi vista em nenhuma cabeça real.

Catherine, a nova duquesa de Cambridge, é a primeira a retirá-la do cofre após tantos anos.

Segundo a tradição britânica, uma noiva deve usar no dia do casamento uma coisa velha, uma emprestada, uma nova e uma azul  « something old, something new, something borrowed, and something blue ».

 

A avó do noivo emprestou a tiara « graciously lent by Her Majesty The Queen », os brincos foram presente de seus pais e uma fita azul foi costurada no forro do vestido. Robinson Pelham desenhou os brincos  inspirando-se no brasão da familia Middleton e na tiara Cartier.

PS Eu estava em Londres no dia do casamento. Todas as lojas da cidade permaneceram fechadas e nas vitrines havia buquês de flores com um cartão desejando felicidades aos noivos!

O araraquarense Rafael Lupo Medina é gemólogo formado pelo GIA (Gemological Institue of America) de Nova York e vive há mais de 15 anos na capital francesa. Rafael é consultor em joalheria da Cartier Paris.

http://programadojo.globo.com/platb/programa/tag/rafael-lupo-medina/

10 respostas
  1. Juan
    Juan says:

    Taleb
    Parabéns pela matéria!
    Sempre bom ver seu blog, tem informaçoes para todos os gostos.
    Gosto muito de jóias, e adoro ver mulher usando brilhantes.
    Abraços
    Juan

    Responder
  2. Renata Lopes
    Renata Lopes says:

    Alexandre
    Linda a matéria, gostei de saber da origem!
    Se possível fale mais de brilhantes aqui no seu blog, as mulheres adoram e os homens gostam mais ainda.
    Andrea Lopes

    Responder
  3. Cristina
    Cristina says:

    Oi! Voltei depois de um tempo… comecei a trabalhar e está mais difícil de acessar o blog, pois não tenho acesso a internet. E adooooro ler seu blog! Tava com saudade! Adorei essa matéria! Na veredade tanto a tiara quando a pessoa que usa são lindas e uma complementa a outra!
    Aliás seria uma ótima dica para os homens presentar uma mulher (risos)!!! Os que podem claro!!! O duro é achar um…
    Cristina

    Responder
  4. Cristina
    Cristina says:

    Alexandre.. dei muita risada… a verdade, será que realmente existe principe de verdade e que seja perfeito?!?! Só em conto de fada e com “felizes para sempre” no final…
    Pena que na vida real é bem diferente… achei sim, uma pessoa, mas com todas as qualidades e defeitos. O importante é gostar e estar feliz com ela. Nesse caso, a resposta é sim!

    Obrigada pelas boas vindas!

    Cristina

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